domingo, 30 de outubro de 2011

A Porta














Corra junto comigo
Quero o meu bem querer
Bem junto a porta
Batendo em minha cicatriz
Venha, lhe mostrarei a ferida
Aquela que comigo quer se casar
Ela tem nome de pesadelo
Envolto numa caixa de surpresa
Eu grito: venha ajuntar
Os cacos do meu coração
Que você quebrou!
Que se transbordou de feridas
Feridas que nunca cicatrizam
Corroem o corpo e a alma
Numa única auto-transcedencia
Tem corpo vazio por fora
E vive a se esconder
Seu mundo é o vago
Aquele que não considera
Nem o aborrece
Está tão cheio de amargura
Que envelheceu sem perceber
Agora corre para se rejuvenescer
Antes que o tempo apague
A felicidade que existiu
Quero o meu bem querer
Bem junto à porta
Batendo em minha cicatriz
Quero transportá-la
Para minha mente
Fazê-la possuir o impossível
E recriar sua face em meu castelo de areia
Venha matar a sede
Do corpo e do espírito
Da sede entre nós dois
Que fadiga meu corpo
E esquece a alma
Inventa-me e vai embora
Volta a me dizer e se desvanece
Venha para fora
Quero ver se me aborrece
O teu grito de pavor
Doa enquanto doer,
Ame enquanto amar,
Venha se quiser!


Por Manfrá

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