Sou sujeira aos olhos da imbecilidade convencional da tragédia humana, eu sou a decadência rastejando por vida, a volúpia corporal desmascarada pela sensualidade trivial, como demônio embriagado, sedento por caos em minha rebelião pessoal. O que dói não é a ruptura, é a escassez de informação vital, envolvendo todos como um nó arreganhado ao pé de Cristo.
sábado, 11 de agosto de 2018
Vidro de conserva
Ele aumentava o volume da música como se quisesse que todos ouvissem seu grito interior
Sua reclamação para o mundo, seu legado de tédio e rancor
Agora a mesma cabeça já não tem força para se levantar além do ombro
Está cansada de toda desculpa
Toda palavra não dita por dentro
Seus pensamentos correm como rota de fuga
Sua munição são as palavras
Há sentimentos que dilaceram
Que não detem-se dentro de um vidro de conserva
Nem todos querem viver para sempre
Eu olhei o infinito no pico da maior montanha
E não quis seguir o seu caminho
Eu vi lágrimas, cinzas e dor
Saudades às custas da prosperidade de poucos
Nesse momento eu me achei
Nas dores dos outros
Mas quem quer saber?
Os corações endureceram de mais
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