sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Crenças, fórmulas e poesias




Crenças, fórmulas e poesias
Mantras aos pés dessa covardia
Repugna, desmonta nossa idolatria
Escarlate, escuro mel desses dias
Revolta, responda a essa vil cria sua
Até quando?! Até quando?!
Escuta, desculpa toda minha antipatia
Prece, que remete em meu pesar
Escarlate, escuro mel desses dias
Me desnuda, me crie que como cria solta.

Por Manfrá

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mentira nobre

No espetáculo da vida que se protagoniza a cada dia vi que no mundo estarei de luto pela minha negligência, que minhas palavras nem sempre seriam suficientes, que meus erros me tornariam mais conhecido do que meus acertos.
Aprendi e vi com a vida que nem sempre os relógios estariam certos, que o tempo é como uma flecha e o nosso despertar o alvo, queria mais nem sempre consegui fazê-los rir de minha comédia e drama, apontar o dedo na direção certa sem sufocar ninguém com minha pressa.   Queria levar agora meus amigos para aquele inverno que nos aproxima, regar suas fantasias de utopia e desmascarar nossas faces, demonstrar antipatia pelo desinteresse pela vida.    Enquanto na ausência eu me disfarço o perigo ronda em minha volta, chamando de compadre a maldade e de inveja a solidão.   Na mentira que me fiz nobre o erro veio para me fazer forte, mesmo quando não entendiam meu andar apressado ou meu bater na mesa indignado, meu furou era contra a imaginação dos passos que tropeçavam na realidade, quando eu quis fazer um amigo eu tive que enfrentar a desconfiança, se minha boca era digna de minhas palavras e meu amor mais forte que o ego.   Quando deixei de mentir afastei pessoas, quando fui me buscar da infância já tinha saído, quando gritei por socorro o silêncio havia me armado.

Por Manfrá

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Retenção


Eu dormi com as estrelas e ganhei um céu de ilusão, recuando para mim mesmo, mesmo quando a saída não me retém.  Por que acreditei em sua salvação? Vendo meus rins pela ruína! Enjaulado, encapetado estou até o fim, aonde depuseram os confins de minha terra imaginária? Agora nos devoram por toda parte, como traça no travesseiro entupindo ouvidos, gente que da alma não se tira nada, vazia como as malas de alugueis que tivemos que carregar.  Porque aqui se esconde nossa dor, por de trás dos retratos, debaixo da pele, enforcado em alguma esquina sem ninguém perceber .





quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Aldeia de pensamentos



Por mais do que eu faça se desfaça
Não vou deixar de cair nenhum tombo
Que me faça ensinar andar
Nas aldeias de pensamentos
Pois também já me tranquei aqui
Enfeitado com toda idéia errada
Daqueles que nunca entendem
E te apontam o dedo com pavor
Tem se feito de verbo errar
E estragado toda a conjugação
Tem se fantasiado de idéias
Que os fracos se alimentam
Pra culpar de culpa a ignorância
E matar o verbo saber
Sem deixá-lo coexistir
Com o pensar
Porque vimos todas as chagas
Chagas de distração eterna
Estão todos manchados e nus
E carecem de carecer
Para entender o mal entendido
E fazê-lo bem entendido
Para que procurem a si mesmos
E se vejam nos outros.