terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Hipócritas desguarnecidos

























Já conheci gente louca que se dizia sã
Que não se humilhava por um prato de comida
Que não entendia o mundo além do seu espelho
Desprezo alheio eram seus paradigmas
Feitos um para o outro, hipócritas desguarnecidos
Eu não sou desapego nem medo que te mate de dia
Eu não sou confiável, conheço meus anseios
Desfecho de um mundo em agonia é o que tenho apreço
Louco amanhecido gritando na rua, despertando multidão alheia
Olhares que não se podem distinguir, hipnotizados pela lente manipuladora
Eu vejo a farsa que nos encarceraram a vida, presos naquilo que possuem
Montanha de onde descende ? Para eu me ver longe da sociedade doente
Longe daquilo que possuo e do que deixo me possuir
Monte sobre esse barbante e fale-nos sobre a vida
Corra para o que te quer bem, mesmo que me deixe sozinho nessa fantasia
Já fui julgado por leis que não me regiam, celas que não me diziam
Que num momento eu me extinto e despisto seu olhar torto
Olho através do que me edificou, fé de mãe que se assemelhava ao pai
Não mais mentindo, contando a verdade num texto
Medo, vergonha, hipocrisias, tudo o que era segredo
Queimando em minhas poesias.

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