Sou sujeira aos olhos da imbecilidade convencional da tragédia humana, eu sou a decadência rastejando por vida, a volúpia corporal desmascarada pela sensualidade trivial, como demônio embriagado, sedento por caos em minha rebelião pessoal. O que dói não é a ruptura, é a escassez de informação vital, envolvendo todos como um nó arreganhado ao pé de Cristo.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Eu poderia
Um vazio, um vácuo, o que importa? Ela partiu
desfazendo a noite no meu mundo de drogas
entre pensamentos, mentes o que sorriu
foi o beijo explodindo como um pavio
minhas crenças, rezas e mantras
inúteis a voz que me chama
a sair da cela que me fiz vilão
Para não me emboscar mais em sua teia
poderia eu ter apertado o gatilho
de minha pobre e doce invenção
que tentei de moldar no meu viver
e esquecer que também sou culpa
que pisaria em nossos cadáveres
almejando subir andares
do inferno ao céu
paciência vencida
paz devolvida
já não sou mais uma alma caída
ou ovelha descarregada
levantei te seguindo do rastro
que te fiz sangrar sem merecer
sussurrando em seu ouvido
que te amo é o meu adeus
e o meu adeus é o meu braço estendido
precisava dela interiormente
naquilo que bate e ninguém entende
que nas noites frias me fez alguém
amado ou desprezado
me deixava atordoado
vontade de te ver apertada aqui dentro
ocupando todo o espaço
que deixei vazio para mim
guardando futilidades e vaidades
que despacho agora com virilidade
a morte que vive em mim
pois meu coração egoísta e confuso
agora entende você longe de mim
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