terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Fruta atômica















Escravo do futuro
Refém do passado
Não arrumei temperança
E me autodestruí
Já fui achado sofrendo por mim mesmo
Por algo que eu não cresci
Se a vida me desse alguns tapas
eu acordaria para o que disse
Que já fui mal de minha sorte
E sombra de meus dias quentes
Vivendo nessa corda bamba
Desejando voltar para o seu umbigo
Não desejar mais essa infelicidade
Que me pôs de joelhos sobre seus escombros
De cidade fedida e caída
para céu azul e mato abundante
Vilão nunca mais me achou
Perdido entre os restos de sua historia
Que de uma fruta proibida
Á uma bomba atômica
Todos nós
Se tornamos culpados
Me equilibrando entre eu te amos
Tentando sossegar minha sede
Já cai por desespero
Falta de fé comigo mesmo
Não queira essa inveja
O mal que te domina
Sou o que sobrou do lúdico
E da criança incompreendida
Preso no porão de minha mente
Cavando na terra meu lar
Fugitivo da psicose humana.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Selva de louco






















As vezes é necessário fugir
para poder resistir
a toda essa mania
De falso canalha e mentiroso
que a vida pode te apresentar
tenha noção do que se transforma
e não deixe de se transformar
Não pense que sabe tudo
nem que não sabe nada
a paz é um caminho estreito
e eu estou longe dela
confiar em gente é loucura
que até um animal comete
estar ciente do perigo
é estar ciente das regras
mas se está livre
nada te impedirá
Se sou homem ciente do amor
vou procura-lo mais afundo
longe de toda essa bobeira
de selva de pedra
que curva homens
à objetos
matam seus semelhantes
por moedas
vendem a vida
por nada