quinta-feira, 25 de julho de 2013




















Se me esvazio por fora e me retenho por dentro
se exponho meu plano de guerra
e te deduzo pela metade
que fará meu corpo sóbrio
sobre sua carne por mim despejada ?
por que corro daqui quando amanheço
pelo seu instinto louco que a despeito
ainda queima em mim
fazendo meu estômago cinza
de formula de vento aonde passa
não me entristeço mais a toa
hoje aprendi a amanhecer
ainda que lúcido mais ciente do seu amor
não entrego meu papel de louco sonhador
que se desfaz sem perceber de mim
e me dissolve como pó em suas narinas
Hoje quando acordou perguntando de mim
Eu mesmo não sabia o que dizer
se faço passado estrelas
como poderei responder?






domingo, 21 de julho de 2013

Peito fértil
















Ela se isolou em meus pensamentos
de passagem larga e cor quente
pintada em meus neurônios
agora, o que quer eu eu pense
vem me levar como avalanche
em sinônimo de morte ou não
agarrar aquilo que eu respiro
aonde eu tropecei e deixei sangue
minhas feridas cravaram nomes
quando partido desse mundo fiquei
encontrei colo num olhar
vontade de deixar tudo e sumir
não por covardia ou medo
mas de encontrar além do que impõem
humanidade de verdade
seiva forte que brota da terra
do peito fértil de cada um


Por Manfrá

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Barro


Fora da meta que infecta todo meu caminhar, pois por um sorriso amarelo e uma alma não ferida, desinfestaria sua testa de todo meu beijo noturno, para não te amordaçar ao meu mundo de barro que a efeito e a despeito sou digno de dizer:
Sempre fui mais os pensadores, sofredores, e metamorfoses ambulantes, sempre procurando a distinção entre o estranho e o trivial, para caminhar por caminhos distantes, sombras aconchegantes num verão de matar.  Procuraria você descalça engatinhando sobre minhas cinzas, perdição inventando minha fonte de ouro, você se satisfaria com minha sinceridade e preservaria nossa amizade, ainda que não soubesse que minto, pois de barro fui feito e não de santo e por onde corto deixo o sinal de minha navalha, enferrujada, gritando por socorro, ainda que desamparado, me colheria debaixo de seu cobertor e morreria intoxicado por sua fumaça purificante.

Manfrá