terça-feira, 29 de maio de 2012

De corte


Entre ideias e idas no horizonte
desfechos no aperto por mordomia
homens maquinas sem cérebro
Inculcando o prazer pelo falecimento
Herdeiros homicidas
Matando pelo paraíso
Mundo em demagogia
Plantão de créditos noite e dia
endividando família boa
Deploráveis guias cegos
homens patentes indecentes
Matando o santo de pranto
Mentiras em sintonia
Minissérie, novela parricida
mente programada, subdesenvolvida
Alienação em sintonia
mundo, moda expansiva
cheque, juros o ano inteiro
Dólar que cai, dólar que sobe
Carteira vazia que não resolve
Comida amanhã, comida nunca mais
Faltou dinheiro, faltou puteiro
último celular da moda
carro do ano, volume exagerado
Espanta, espanca vizinho inconformado
Mulher que grita e esperneia
Marido bêbado e violento
Menina de saia que rebola
garoto de jeans ouriçado
frenéticas se aposentaram
esqueléticas estão dançando
estupidez na TV
desgraça que da audiência
homem-bomba no oriente
riqueza, trafico, realeza
mundo pobre igual mais ibope
pedra, crack, viciado deselegante
Injeta, cheira, cai fora
embriagado, cagado falando asneira
vicio, vida igual desperdício
povo, ocupado, culpado, cansado
Policia Viagra, dura e rasga
pobre apanha calado e sangra
Político fico puto
mas não fico corrupto
jovem é a comédia
que não pensa e só retarda
justiça que demora
revolta sem resposta
chacina no bar na esquina
menino sujo o olhar aflito
povo esquece enriquece o político
jovem salva mendigo logo esquecido
rico estúpido xinga pobre na TV
canal homicida, alienação negativa
É a Vida que se perde, vida bandida

sábado, 26 de maio de 2012

Fascínio ilusório


Não me fascina a sabedoria do mundo e nem o poder dos maus
Nao me dêtem o saber ignorante que escraviza a mente
Nem a pergunta maliciosa que me tenta derrubar
Não sou feito de engimas complicados
Nem de verdades subjetivas
Não sou o que teus olhos vêem
Nem que sua ignorancia julga
Sou mais do que pensa
e menos do que imagina
Não me convence a resposta amargurada
Nem o cabelo branco de sabedoria
Não acredito no amor sem dor
E no sofrimento sem causa
Não confio em senso comum
Nem no consenso sem senso
Me pertuba o silêncio
do grito que há dentro de ti
Me impressiona o lamentar
daqueles que não vemos chorar
me envergonha o pensamento
daqueles que não sabem pensar
Me intristece a alegria
dos que prosperam com o mal
Me fadiga o cansaço
daqueles que nunca aprendem
estranhos no pensamento da paz
restos de um fascínio ilusório

domingo, 20 de maio de 2012

Overdose


















Sempre digo a ela o que levar
não importa de mim nem sabe-la
venho cedo e vou embora
pois a tarde é meu sossego
Quero viola-la em meu escuro
sem um pouco de maldade
vem embora meu sossego
porque eu quero é cuidar
Não importa a saudade
porque eu quero é ama-la
Doe de mim fazer assim
Seu injusto amado fiel
que por mais que apagues
continua a queimar
quero aconchega-la agora
e dormi por vaidade
Vencer o mundo que há la fora
ficando bêbado na madrugada
Retornar a infância de nosso amor
Peregrinos da noite da majestade noturna
Quem vai fazer as trilhas
para quando nos perdermos?
Alvo em nossas consciências são
o despertar do amanhecer
E o buscar do entender
Foi se embora sem despedir
e deixou comigo a saudade
trouxe a vida que negou
E me amou

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Riso diabólico


Eu dormi com a dor e aprendi quando ela foi embora
Eu reguei a primavera com o suor do verão
Enxerguei entre as poltronas o passo da vida
Quando vem lentamente e devora todos os pensamentos
principalmente aqueles que estão adormecidos
regados com toda estupidez cativante
Se na vida não se encontrar o caminhar será desalento
Por que até me confundir sou bom de mais
mas aprender de mim mesmo o tempo traz
encher meu copo de desilusões e beber
ruinará meu despertar pela manhã
Me acomodar quando estou perdido? disso me cansei
mesmo quando o vendaval bate na janela
derrubando todas minhas panelas
Viver agradecido ainda é o melhor remédio
A alma sangra quando o coração expõe seus sentimentos
Rejeitar a ardente expectativa da vida pode ser aterrorizador
O andar do aflito pode está cheio de sua prepotência
O horror da cidade é morada para pombos
Quem se fadigará ainda mais para entender o pesadelo?
O riso diabólico da empregada amante?
o vacilar do entenebrecer das rústicas promessas?
Champagne ao contador de historias
e salva de vaia para o politico arrogante
amanhã você acordará em paz com sua consciência
mais os visionários do mundo material
tropeçaram em suas riquezas


Por Manfrá

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Hino de aberrações














Louvarei, louvarei com meu hino de aberrações
soprarei sobre os instrumentos de vento
para que levem minhas amarguras
Abraçarei meu estandarte
que solenamente representa
minha loucura despojada
sobre uma bandeira de tecido e pouca luz
Com salterios e harpas
hoje engrandecerei minhas anormalidades
amaldiçoando o comum e o trivial
me encherei com teus vinhos
de abominações deselegantes
rios de polvora de minerio
saciando a mente viril
de forte terra
de fogo repulsivo
enchendo tua merda de ouvido
te fazendo enxergar o contrario
do que não há sentido na vida
do pouco que se entende
acham que entendem tudo
o que do nada desconhecem
desconhecem tudo


Por Manfrá

terça-feira, 1 de maio de 2012

Arquivo do sol



O que tu tem na cabeça? Eu já vi roda girar assim, me dando todo o tipo de enjoo. Não queira o orgasmo mais demorado, mas tenha prazer na vida todos os dias, mesmo que se encha de furor o teu coração, não deixe a magoa queimar mais que o verão, porque eu também tenho medo do tédio, tenho medo daqueles que apontam o dedo assim, julgando meio mundo a fora, dizendo pela metade o fim. Tive que aprender pelo erro, assim como vocês eu tive fé, tive tarde inventada pelo sono, quando acordava querendo sonhar.   Quando na necessidade eu mais precisei meus amigos não se retiveram, de todos os mundos que vaguei, parti estrelas e compus galáxias, pois não é o que torna nossa vida, mais sim o que ela tem para nos tornar, nem é de sacrifício de amor que a terra está cansada de apanhar.  Porque eu vi seus semblantes,reparti com seus semelhantes suas misérias, pois em tudo tentam colocar um preço, para nos fazer enganar, pois já nem nos sobra mais brincadeiras inocentes, nem ideias erradas quando fui feito menino, que da terra brincava sem saber que do teu berço ao túmulo tua vida cabe em minha saudade. Eu tinha uma variedade de vidas, todos os caminhos que eu podia seguir, eu tentei pelo que acreditei e amei e já pensei em desistir.  Eu tenho muitas lembranças e do meu passado já sonhei de mais, mas o que não parecia na vida trouxe o tempo a me mostrar,eu vi o que você viu e tentei do mesmo modo recomeçar.   Eu sei o que do tempo tirei e o descrevo com essas linhas, mesmo que pareçam tortas ou vazias, sem sentido para um mundo sentido que tem cansado de sentir.  Eu também vi da sorte agente tirar fé para mudar a vida que não muda sozinha.  
Por que quis crescer com tanta pressa? Tinha vontade de como criança amar e de se machucar por brincadeira. Ah! que bom aquele caminho que de quantas noticias boas foi me dar, eu sei do que falei e vi a vida passar, me projetei tanto em palavras deixando a morte se aconchegar, mais agora estou refeito, das cinzas que me deu vida, desaprendendo todo o mal para mim aprender a sossegar esse rabo mal acomodado que na vida sempre há de balançar, tem olhos para o que vê e ignora o que o coração traz, tua vida inacabada na minha gritando como feto para existir, porque o mundo não foi feito de dias para viver de reclamações, porque sabemos de seus instintos e conhecemos suas intenções, querendo de mim saber o que da minha boca vai te servir, porque eu já vi cão magro rodeando carcaça, matou o que era por fora restando nada por dentro, pois o tempo sempre vence aquilo que achamos não poder vencer, mas amanhã já não nos ferirá a mesma ferida que de nossas unhas fizemos brotar.