sábado, 28 de abril de 2012

O viajante




Na altura se faz a diferença
de quem cai ou se levanta
Não dê aplausos à eles
pois estão todos se mordendo
Pra castigar de dor nossas crianças
E levar o sapo de nossas historias
Venha, pois já estou de saco cheio
cansado desses falatorios
Não vou mais esperar o fim
De tanta gente que não presta
To com a alma desarmada
fazendo de balada teu chocalho
pra mim te fazer ver
O estado da mente humana
Apriosanada no intelecto
traido pelo silêncio
Hoje, eu caio fora daqui
pra deixar de saudade minha partida
Para o mundo que não entendeu
minhas palavras de desespero
Quando gritei lá no quarto
Minhas lagrimas não me negaram
Fui deixado por gente que gostava
que fingia amar minha compreensão
Mas não me culpo pelo divorcio
Que há entre a loucura e a realidade

Por Manfrá

domingo, 22 de abril de 2012

Zumbindo alto





Tecendo lã em idéias mal ajustadas
Recheando o saber como um pasto novo
Do alto gramado ele bufou
E te defrontou com esse poema:
Zumbindo alto, zumbindo alto 
Até ao florescer
Detendo o tempo
Dou-lhe o saber
Zarpa, zarpa alto
Que você vai entender
Do outro lado da colina
até o amanhecer
vencendo o mundo
só Deus e você
Tem pasto novo e comida nova
Fartando os pratos de nosso ser
Tem vida desajustada
tentando aprender
Se de todos nós somos um
Quem pode saber?


Por Manfrá

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Carrossel






A sua dor escorre pelo meu peito
fazendo dele o mais belo jardim
Teu sorriso está estampado
No meu guarda-sol
Teus pés estão pintados
no caminhar dos meus passos
Tua alavanca está abaixada
Desenfeitando meu carrossel
de todos o que fui feito
foi deles ter me aproximado mais
O que me errou, foi ter errado menos
Do meu inóspito bem te querer
Quisera eu ter me inventado
Afrouxado as ideias do meu pensamento
Te guardaria no holocausto
Te todos os meus sofrimentos
Do qual te vi e te guardei
Pelo medo de te perder mais
Voltei sem me voltar
para o teu lado o meu bem-estar

Por Manfrá



sexta-feira, 13 de abril de 2012

Salto alto



Tentou me rebocar agora
síndrome de minhas ilusões
desaperecer do meu ser
até ouvir-se o silencio
De quem é a palavra aguda?
o homem sujo lá fora?
venha, interprata-me
sou o ódio que diz ser?
a maldade que putrifica?
os corações dos homens?
Matei o saber?
Fiz ignorante seu coração?
donde vens? Dondes vai?
Finge-me saber quem sou
E ilumina o meu apagar
Venha ladrão da minha alma
Levar me ao destino fatal
que carrega eu e voce
Fonte dos meus anseios
e cura ao meus remorsos
Tentou me sacrificar ao desejo
que durava em minha alma
Deita-la, abraça-la,sem ama-la
Iludi-la sem alerta-la
Invés do meu esclarecer
meu vazio obscureceu
E levou me afoga-la
em minhas magoas


Por Manfrá

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Poeira

Como poeira jogado aos vento
Guiado por terras infinitas
Ignorado como um minusculo grão de areia
Mas com seu firmamento até
o imenso mar repousa em seu leito
Teus olhos que brilham como um cristal
Um dia cairá lagrimas
Por que você ira sentir o grão de areia em teu olhar
Que essas lagrimas tremerá até o teu coração.

Lampejar


Em teu sorriso há um lampejar
que me disperta na madrugada 
fazendo minha escuridão 
teus passos de guia
Para aonde faltar a verdade
ser luz em suas trevas 
Ainda sim amando a noite
como a falta de amar
A ternura da amante
como espelho de nossas falhas
Mais tu é meu amigo
compadre dos meus dramas
guerreiro vitorioso há em ti
forte como as trevas
e libertador como as luzes

Por Manfrá