quarta-feira, 27 de março de 2013

Fantástico mundo de drogas

Buscando no mundo algo que satisfaça
que preencha esse vazio, que se escreva com a caneta
revolta escrevendo traços, morte em papel
pervertido coração de gesso, incapaz de compreender
chateado apreço, preso no meu rosto
subvertido grito, buscando algum sentido
esmurrando minha face, face contra o espelho
corte desleal, coma conjugal
doce sem doce, viajem espiritual
amarga cocaína, queimando minhas narinas
anatomia corporal, condição suicida
vasos sanguineos lentos, batida quase imperceptível
sono demasiado forte, vontade de aquecer suas mãos
enjaulado em meu quarto, escrevendo minha derrota
lágrimas parecem desabar, sofrimento suspiro
peso de cordas em minha garganta, desatino sonhos
meu apetide por paz, como fome animal
cansado pelos tombos, como num filme de terror
pronto para ser arruinado, buscando vida
como criança récem-nascida, expulsa do útero
sou vítima de mim mesmo, culpado até os ossos
fantástico mundo de drogas, que não passa de ilusão

Acorda Manfrá!

sábado, 23 de março de 2013

Cabeça de cupim


Enquanto voce me despedaça,
me devora como cabeça de cupim
me mata por dentro
e me esvazia por fora
Como cancer de utero novo
despojando a carne velha
cortando de sua raiz minha força
amargo de densa nuvem escura
despejando tempestades em meu quintal
quando o que eu só queria era correr solto
palmilhando vales de descobertas novas
Amedrontando meus demônios do passado
sim, você me guia pelo cego
cabo de inchada de mão roxa
cortando de sua raiz minha força
mel para dias infelizes
sombra para dias quentes
Noites de enxaqueca desmascarada
pela dor de minhas crises
aconchego no buraco de meu refugio
mato, montanha, drogas e salvação
refrigério contra seu desespero
sua ânsia de querer me jogar na cara
medos, erros, feios segredos
danças, nudez, alcool e ressaca
sim, você me ensinou a ser feliz
cortando de sua raiz minha força

Bom dia, Manfrá!

quinta-feira, 7 de março de 2013

Eles e elas





















Cansei, amei, me desgastei
Sofri, venci, aprendi
Dos enredos sem arrancho
Restaram as marchas fúnebres
Das comédias sem final feliz
Aplausos sem consideração
Debruçado em minhas idéias
Verdades inusitadas
Passos determinados
Por caminhos errantes
Retas convenientes
Por estradas tortuosas
Sinuoso é o coração
Que rasga o corpo e a alma
Louco é o saber
A descobrir esse oculto
Velado está o destino
Que encoberta a vastidão
Do inquieto coração humano
Sempre a perscrutar devaneios noturnos
Sedento é o desvendar
Que encobre esse pulso
Que bate em minha ferida
E me desarruma de dentro para fora
Sem lentidão ao passo de fuga
Causando devastação em meu ser
Deixando rastros de destruição
Que perturba a serenidade do meu espírito
E afugenta até meus demônios
Causando-me vertigens
Laçando-me para o abismo
Que cavei em minha loucura
Extraviado de mim mesmo
Encobri minha lisura de caráter
Escondendo minha verdadeira essência
Meu espírito impetuoso, veemente, fogoso,
Dilacerando-me de dentro para fora
Agora quer confessar
Meu desejo por eles e elas

Por Manfrá