sábado, 23 de março de 2013

Cabeça de cupim


Enquanto voce me despedaça,
me devora como cabeça de cupim
me mata por dentro
e me esvazia por fora
Como cancer de utero novo
despojando a carne velha
cortando de sua raiz minha força
amargo de densa nuvem escura
despejando tempestades em meu quintal
quando o que eu só queria era correr solto
palmilhando vales de descobertas novas
Amedrontando meus demônios do passado
sim, você me guia pelo cego
cabo de inchada de mão roxa
cortando de sua raiz minha força
mel para dias infelizes
sombra para dias quentes
Noites de enxaqueca desmascarada
pela dor de minhas crises
aconchego no buraco de meu refugio
mato, montanha, drogas e salvação
refrigério contra seu desespero
sua ânsia de querer me jogar na cara
medos, erros, feios segredos
danças, nudez, alcool e ressaca
sim, você me ensinou a ser feliz
cortando de sua raiz minha força

Bom dia, Manfrá!

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