Ergueu-se alta voz do espaço
E disse ao meu ser:
Porque foges de si mesmo?
Tens temor do que?
Eu insistia em não saber
Com medo e incertezas
Que caminhava longe de mim
A voz me cercou e perguntou:
Aonde vais? Esconde-se do que?
Eu perplexo não sabia o que dizer,
A voz insistiu em minha perplexidade,
Corres para onde? Porque te engana a ti mesmo? No instante do meu despertar Levantou-se alto silêncio Entre eu e a voz, A que me acusava e me advertia. Em meus pensamentos habitava a ilusão, Em meu culto a devoção, Fugindo de mim estava eu perdido, Procurando abrigo em meio aos meus tormentos, Entre noites de inverno e tardes de verão, Estava eu buscando salvação, Rumando pela estrada, Sumindo ao entardecer, Desaparecendo de mim mesmo, Apagando minha existência, Acreditando na eternidade Da minha juventude E da imortalidade do tempo.
Por Manfrá
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