quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Âmago essencial

Sou sujeira aos olhos da imbecilidade convencional da tragédia humana, eu sou a decadência rastejando por vida, a volúpia corporal desmascarada pela sensualidade trivial, como demônio embriagado, sedento por caos em minha rebelião pessoal.   Manchada está à amizade humana, podre como a imundícia de nossas palavras falsas, não existiu cartola nem coelho, somente um palhaço triste e envergonhado pela vida.    Correndo para fora da imensidão do vazio existencial, está a banalização, a obrigação de ser o instrumento chave da miséria humana, restituir todo o pesar ao lamento do faminto, faminto de suas ideais e perspectivas, rejeitado na ardente prova da aceitação afetiva do esgoto vermelho rangendo de  pancadas em seu peito. O que dói não é a ruptura, é a escassez de informação vital, envolvendo todos como um nó arreganhado ao pé de Cristo.   O fantasma da ilusão é real, e está a todo tempo devorando informação, no leito da amada ao funeral de despedidas,o que cresce é a solidão, amaldiçoado pelas afrontas de defrontar-se, encurralado  no beco da obrigação de crescer e exigir cada vez mais de si próprio.   

Por Manfrá

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