Sou sujeira aos olhos da imbecilidade convencional da tragédia humana, eu sou a decadência rastejando por vida, a volúpia corporal desmascarada pela sensualidade trivial, como demônio embriagado, sedento por caos em minha rebelião pessoal. O que dói não é a ruptura, é a escassez de informação vital, envolvendo todos como um nó arreganhado ao pé de Cristo.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Fonte espiral
Agora, como nunca antes, a fonte espiral se tornou mais forte, sugando todo o âmago da vida, sua existência em escalas, seus amores por esmola. Ainda que o batente não seja sofredor, a sua vitalidade é sugada, arejada pelos cantos mais remotos da vida, ela me faz sentir assim, quando estou desmaiado de terror, a ruptura que explode em minha garganta é fruto da má digestão, rompendo ossos e desfigurando caretas, quando olho para o que sobrou de mim, vejo uma luz gloriosa como uma sentinela embrulhada para mim numa caixa de papelão, quando estou embriagado pelo seus vinhos, suas erupções vulcânicas arrasam minha cidade, me colocando no seio de minha amada, do braço da minha espada. Como o último show da madrugada, eu me calo e me sento no vazio, ali está toda a maldade deposta diante de mim, o inferno que as vezes inventei por não acreditar num paraíso,mas quem eu quero enganar? ainda me sinto no chão, como um cão perdido a vagar pelas extremidades da terra, quando me olho no espelho nem sempre vejo meu reflexo, somente uma máscara que me guia para além do vago tempo que eu desperdicei por não acreditar em mim mesmo.
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:p gostei.
ResponderExcluirJá estou te seguindo.
http://sentimentoeliberd.blogspot.com.br/
Como era de se esperar, adorei o texto. Você demonstra tantos sentimentos, me faz sentir tanta coisa somente ao ler essas palavras que é até difícil explicar. Sei lá, mas sinto vida irradiando do que você escreve.
ResponderExcluirParabéns Manfrá