domingo, 17 de junho de 2012

Bloco de argila


Digam a esses loucos que não se calem diante de mim, e que se faça voraz a voz da multidão, tenho enchido de teatro os meus punhos para fantasiar a realidade de minhas ilusões, enlouquecendo o pobre locutor que dessa historia não compreende o fim.   Na avenida da passarela teatral de nossas vidas, desamparados atores de si mesmos, disfarçando todo o arsenal de misérias humanas como um sopro no ouvido encardido . Quanto mais tempo irei ter antes que a ultima pulsação seja dolorosa e me arranque por inteiro pela raiz?   Me desempenando pura aí como galinha desencalhada, na morbidez de minhas ideias ilusórias defraudado-me em minhas paranoias, chegando em casa triste apanhado pelo divorcio da tristeza com a maldade que dizia ao teu coração: Não se cale tua voz vencedora, nem te repugnes nenhum mal que te possa ferir o calcanhar ao te ensinar caminhar, pois o bem e mal existem apenas para um propósito, disfarçar o inferno que há dentro de todos eles.

Por Manfrá

Um comentário:

  1. Estou te seguindo se gostar segui?
    http://vidadeprincesaa.blogspot.com.br/
    bj *-*

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