segunda-feira, 1 de abril de 2013

Verme de violência

Além de minha persistência encontrei o meu valor, nada de folgueira de São João, era mais como uma lareira no inverno, sem peça de teatro em filme pornô cativante, miseria em novela da tarde, era meu show do ano, toda a vida que eu amava, pertubava e perdoava, para me enriquecer lá na frente, aprendi respeitando o erro e não temendo o medo.   Alegando todo o fato que pudesse me contribuir, me fazendo de façanha nas ruas da amargura, aconchego no berço de minhas mentiras revelando todo o segredo que pudesse me ferir.  Na tolerancia zero eu me despi de tinta e vesti as vestes de minha porca ingenuidade, chamando todo filhote de cruz credo, amamentando o farto peso da razão.  Criei azul no céu de minha invenção para não tropeçar na escuridão dos meus passos, já expeli fogo, sinal de fumaça em minha dor como grito de socorro, já fantasiei a minha partida, já fugi desse hospício que chamam de sociedade, por paz, por culpa, por raiva.  Destruí a tampa da privada para não disfarçar o esgoto encravado no peito humano, laxante de anfetaminas, bulimia de tragedia escolar, na sala da cadeia dos telespectadores eu vi estupros, assassinatos e audiência, quem pagará para ver o colapso mental e a ruptura do corpo santificado? Na mortandade que assola ao meu dia, rastejando pelo chão verme de violência que estima suor por sua propría destruição.

Por Manfrá

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