Estamos lapidados, desgraçadamente amordaçados pela inveja e
ganância dos homens, retorno ao calabouço de aluguel, pagando pela nossa
própria dor, fartura para eles, miséria para nós, riqueza para eles,
desvantagem sobre nós. Colocando-nos a beira do abismo, cavado pela sede
de possuir, mas do que precisamos,deixando faltar na mesa do faminto, abaganhar
todo o ouro do excluído, fazendo dele castelo para burguesia, sem
despertar a consciência, atingindo aquilo que você quer atingir, influir,
despedaçar se necessário toda a carne, para alimentar a si próprio, pois esse é
o combustível do sistema cão, pensar apenas em si mesmo, esquecer do lunático,
do poeta, do bêbado, do miserável sem consideração, fazendo de nossas imagens
produtos, da tragédia o sensacionalismo, amedrontar se necessário nossas famílias,
conseguir terror para gerar dinheiro. Violência que atrai, sangue,
morte e tragédia, audiência para o Diabo, chamas para o pobre, lareira intensa
para o rico ignorante de suas misérias, de sua pobreza de espírito.
Faminto seja o hipócrita, o orgulhoso e altivo, faminto sejam suas vidas
preenchidas por bens materiais, ricos sejam os humildes, os pobres de suas concupiscências,
rejeitado na estrada de fácil acesso ao caminho largo de vaidade e falsidade,
competição pela imagem, quem aparece mais, gabação de suas próprias falhas, ingênuas se não fosse a maldade, privilegiando a si
mesmo contra seu próximo. Acreditar, falar mal do mundo em que vive
e ser como a multidão de suas ironias, reagindo como eles, egoístas, soberbos,
orgulhosos, cheios de ambições pelo o que é mal, na televisão, no radio, na
terra que há sangue inocente de pó, toda a audiência para a maldade, apenas
insinuando o amor, investindo na vaidade, escravos do conforto, medindo braços
erguidos, ver quem é mais forte, dentro de suas mordomias, cheio de suas
regalias, entupidas até a garganta, jorrando jatos de soberba, estupidez e maldade,
sendo apenas mais uma copia, um poço imenso e vazio, pobre de espírito, que se
molda no mundo, na moda que o envolve, se queixando da imagem, mas esquecendo
de dentro, burlando toda a realidade, distorcendo os fatos, amamentando o
cão, esquecido do canil.
Por Manfrá
A gravura é sensacional. Ela representa muito bem o texto.
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