Sou sujeira aos olhos da imbecilidade convencional da tragédia humana, eu sou a decadência rastejando por vida, a volúpia corporal desmascarada pela sensualidade trivial, como demônio embriagado, sedento por caos em minha rebelião pessoal. O que dói não é a ruptura, é a escassez de informação vital, envolvendo todos como um nó arreganhado ao pé de Cristo.
sábado, 8 de dezembro de 2012
Mertiolate
Mertiolates não curam todas as feridas
corpos vazios não preenchem vidas
Desculpas podem ser vacinas
que não curam, só amenizam
boatos podem ser intrigas
pegando descuidados pelas esquinas
cruzar os dedos pode ser fé repentina
mentiras podem ser covardia
contar segredos pode ser forca garantida
sorrir de mais pode ser porta aberta para feridas
não prestar atenção em quem está falando chateia
quem estiver enlouquecendo deixe que amanheça
quem se afastou agradeça
pois consciência limpa aconchega
metido aponta o dedo de mais
malandro de verdade quer paz
curar a ressaca pode ser cerveja
o incrédulo está cheio de suas incertezas
amor de verdade é aquele que cicatriza
a mesma ferida que não se extingue
virar as costas demonstra baixeza
ajudar o bêbado nobreza
ainda que apanhe e se sirva de silêncio
lembre-se, de teu cigarro pode ter começado o incêndio
ainda que a fumaça de incertezas dure pouco mais
tenha fé no sorriso da criança, não no sagaz
Por Manfrá
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Adorei... Belas palavras e ótimos conselhos/exemplos.
ResponderExcluirBeijinhos
Disse tudo e poeticamente.
ResponderExcluirwww.cchamun.blogspot.com.br
Histórias, estórias e outras polêmicas