domingo, 22 de março de 2015

Cidade charada

Por isso que escrevo com giz de cera, realidade foi o que eu não quiz sentir, maldade dos passos que avançam pela cidade, sobre a poça de sangue, inocente ou culpado.  As vezes vejo desespero disfarçado em pele de orgulho, areia dentro de seus ouvidos entupindo todo discurso no vazio, ferida disfarçada com sorriso, para quem não sabe mentir, e vive correndo da verdade, o obstáculo é você mesmo, sobre a morte de um homem só, enfrentando seus dogmas e paradigmas.  Corram! dizem eles, para que não sejam contaminados, mas vendidos estão todos seus direitos, acorrentados até as cordas do inferno, carregando suspeito como bandido, de terno ou eloquente pregador, enfeitando a cidade charada, que me fez sentar nela, e falar de sua maldade e mordida cruel, que fez rasgar o sonho de muitos loucos, poetas, bêbados e sonhadores.   Cidade charada estou cagando pra ti.

Por Manfrá

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